De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a vítima mortal vivia em Orange Beach, no estado do Alabama, segundo o presidente da Câmara, Tony Kennon, que informou ainda que há pelo menos uma pessoa desaparecida.

O furacão Sally atingiu na quarta-feira a costa do sudeste dos Estados Unidos, com ventos de 165 quilómetros por hora, inundando casas.

Segundo as autoridades do condado de Escambia, que inclui Pensacola, pelo menos 377 pessoas tiveram de ser resgatadas de áreas inundadas.

A tempestade atingiu sobretudo as localidades de Mobile, no Alabama, e Pensacola, na Florida, com áreas metropolitanas que abarcam quase um milhão de pessoas.

O furacão, que deixou sem energia mais de 540 mil casas e empresas, arrancou telhados, atirou barcos para terra e afundou embarcações, provocando fortes chuvas e inundações. Uma réplica de um navio de Cristóvão Colombo, o Nina, atracado na zona portuária de Pensacola, está desaparecida, indicou a polícia.

O xerife do condado de Escambia, David Morgan, disse temer que milhares de pessoas tenham de deixar as suas casas nos próximos dias, por causa das inundações.

"Há localidades inteiras que vamos ter de evacuar", afirmou.

Os ventos também provocaram o colapso de uma grua, que destruiu parte de uma ponte na baía de Pensacola, adiantaram as autoridades, e devastaram parte de um cais de pesca no Parque Estadual do Golfo do Alabama, no dia em que estava prevista a inauguração, após uma renovação que custou 2,4 milhões de dólares (cerca de dois milhões de euros), de acordo com a AP.

A Guarda Nacional é esperada hoje para ajudar as autoridades em Pensacola, onde a passagem do furacão e a chuva que o acompanha converteu ruas em rios e deixou um rasto de detritos.

Ao início da tarde de quarta-feira, o furacão Sally, com a categoria 2, numa escala de 5, tinha enfraquecido para tempestade tropical, com a velocidade máxima dos ventos a cair para 75 quilómetros/hora, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA.

Segundo o Serviço de Meteorologia norte-americano, as fortes chuvas dirigiam-se para leste do Alabama e oeste do estado da Geórgia, com as inundações a colocarem casas e pontes em risco.

PTA (RJP) // EJ

Lusa/Fim