Pelo menos 32 palestinianos morreram e 80 ficaram feridos por disparos israelitas enquanto aguardavam a distribuição de alimentos perto de um dos pontos de ajuda humanitária no norte de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo uma fonte médica.

De acordo com fonte da morgue do Hospital Nasser, citada pela agência de notícias EFE, entre os mortos estão 25 homens - que costumam ir ao local em busca de comida para as suas famílias - e quatro não identificados, incluindo o de uma mulher.

Outros três corpos foram contabilizados posteriormente, de acordo com um comunicado do Ministério da Saúde, que alertou para "um desastre humanitário sem precedentes se este silêncio internacional se mantiver".

As tropas israelitas cercaram a zona onde milhares de palestinianos se reuniram tentando chegar a um centro de distribuição de alimentos e começaram a disparar contra a multidão, de acordo com testemunhas e fontes locais citadas pelo jornal Haaretz.

Este último massacre ocorre quando cada vez mais palestinianos sofrem de subnutrição e fome devido à falta de alimentos disponíveis. Apesar disso, Israel continua a recusar-se a permitir a entrada em massa de ajuda humanitária através do mecanismo da ONU.

Hoje, agência de notícias AFP divulgou também que pelo menos 26 palestinianos foram mortos e mais de 100 ficaram feridos por disparos israelitas perto de dois centros de ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil do enclave palestiniano.

O porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, disse à AFP que 22 pessoas morreram perto de um centro a sudoeste de Khan Yunis e outras quatro próximo de um centro a noroeste de Rafah, afirmando que as mortes foram causadas por "disparos israelitas".

A ofensiva militar na Faixa de Gaza teve início após os ataques do grupo islamita Hamas em território israelita, que provocou mais de 1.200 mortos e cerca de 150 sequestrados.

Na Faixa de Gaza, a guerra já provocou mais de 58 mil mortos, sobretudo mulheres e crianças, e outros milhares de feridos, segundo as autoridades do enclave.