O presidente da Confederação Empresarial do Portugal (CIP) espera que o acordo de rendimentos possa ser revisto. Armindo Monteiro defendeu, à saída da reunião da concertação social, que é necessário “aumentar o rendimento” e “isso implica uma descida significativa do IRS”.

“Este acordo era poucochinho. Este acordo que hoje está assinado é um acordo de mínimos”, afirmou Armindo Monteiro, congratulando-se com a disponibilidade do governo para implementar novas medidas, nomeadamente a descida dos impostos.

À entrada para a reunião, o presidente da CIP já tinha manifestado que ainda há “muito caminho para andar” na Agenda do Trabalho Digno. “Creio que a Agenda está toda em aberto. É necessário termos esta ideia que hoje a relação laboral não está bem, nem em termos de direitos, nem em termos de obrigações, nem em termos de rendimentos”, afirmou, citado pela agência Lisa, o presidente da CIP.

Nesta reunião da Concertação Social foi decidida a marcação de encontros dos grupos de trabalho do acordo de rendimentos e de formação profissional para os dias 21 e 28 de maio, de acordo com a agência Lusa.

Montenegro promete cumprir acordo do governo socialista

O primeiro-ministro explicou que irá ser feita uma avaliação dos acordos que estão em vigor e, eventualmente, “modificá-los” para “acrescentar novos objetivos”

Luís Montenegro garantiu que o governo vai “cumprir os acordos que estão em vigor”, mas não excluiu avançar com alterações no “sentido positivo”, depois de “fazer uma avaliação sobre a necessidade de medidas novas em diálogo com os parceiros sociais”.

A UGT manifestou “total disponibilidade” para discutir “todas as propostas que surjam à mesa” da Concertação Social. Mário Mourão mostrou-se disponível para avaliar o acordo e, “se for necessário, melhorar”.