Cerca de uma centena de militantes do Nós, Cidadãos! esteve hoje em São Domingos de Rana, Cascais, a debater e votar alterações aos estatutos do partido, a eleger os seus órgãos diretivos e a discutir a estratégia eleitoral de um partido que nasceu de um movimento de cidadãos, que assim teria continuado não fossem as exigências da lei eleitoral, e que recusa apresentar-se como "pequeno partido".
"Quem vai decidir se somos um pequeno ou médio partido é a população. Nós somos um partido emergente. Temos os nossos objetivos eleitorais, e esses objetivos neste momento apontam para uma presença no parlamento", disse à Lusa o fundador do partido Mendo Castro Henriques.
Sobre as expectativas eleitorais, o porta-voz do partido optou pela prudência: "Um grupo parlamentar faz-se a partir de dois [deputados], neste momento é prematuro dizer, mas em tempo oportuno comunicaremos a nossa expectativa de parlamentares".
O Nós, Cidadãos! quer afirmar-se pela diferença em relação "ao que o arco do poder tem feito". Entre as medidas prioritárias estão o combate ao sobre-endividamento de famílias e empresas, e alterar as regras pelas quais as empresas fazem descontos para a Segurança Social.
Sobre esta proposta em concreto, Mendo Castro Henriques diz que será "criadora de emprego", e que as empresas têm passado ao partido a ideia de "acertaram em cheio" ao pretender alterar a regra que obriga a descontar sobre o número de funcionários, para uma outra que faça incidir os descontos sobre o volume de negócios e a faturação.
O fundador do Nós,Cidadãos! afirmou ainda que o partido não vai esquecer "as origens" enquanto movimento de cidadãos, e que se vai bater no parlamento para que movimentos desta natureza tenham legitimidade para eleger deputados.
A definição das listas de candidatos a deputados é um processo que está a decorrer e que deverá ficar fechado até 21 de agosto.
Em suspenso está ainda a possibilidade de o juiz Rui Rangel poder vir a integrar as listas de candidatos ao parlamento.
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