NATO perde apoio nos Estados Unidos e já está ‘suspensa’ entre os republicanos

A popularidade da NATO está em queda nos Estados Unidos: embora a maioria tenha uma imagem positiva da aliança atlântica, que completou recentemente 75 anos, o número entre os apoiantes do Partido Republicano já está abaixo dos 50%.

Esta é a principal conclusão do inquérito realizado pelo ‘Pew Research Center’, que coloca a proporção de americanos que veem a NATO favoravelmente em 58%, uma queda de quatro pontos percentuais em apenas um ano. Entre os democratas, três quartos apoiam o bloco transatlântico – o número cai entre os republicanos para 43%, quando há dois anos era de 55%.

Dois em cada três americanos acreditam que fazer parte da NATO beneficia o país, mas apenas 23% acreditam que a aliança está a ganhar influência, de acordo com o inquérito que resultou de 3.600 entrevistas, realizado em abril, com uma margem de erro de 2,1 pontos percentuais.

O inquérito aponta também que mais de nove em cada 10 americanos consideram que as relações de defesa são fundamentais para o bom desenvolvimento dos laços transatlânticos entre os Estados Unidos e Europa, em linha com os interesses económicos, comerciais e de segurança.

No entanto, 47% dos inquiridos acreditam que os aliados europeus devem aumentar os gastos com defesa, bem acima dos 18% que defendem que não devem aumentar e dos 26% que não têm opinião clara sobre esta questão.

Os mais de dois anos da invasão russa da Ucrânia também prejudicaram o apoio social dentro dos Estados Unidos para continuar o apoio a Kiev: 31% dos entrevistados consideram que Washington vai longe de mais, já 25% consideram que o apoio é adequado e 24% defenderam o seu alargamento – mais 6 pontos do que em novembro de 2023.

A persistência do conflito também afeta a imagem do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky: 48% dos americanos confiam no líder da Ucrânia, oito pontos a menos do que na última sondagem. Quanto ao presidente russo, Vladimir Putin recolhe 88% de pouca ou nenhuma confiança.