
A candidata única à liderança da IL, Mariana Leitão, disse hoje esperar que a convenção nacional do partido mostre que está preparado para ser "uma alternativa ao imobilismo" e ao autoritarismo, considerando que é preciso combater o Chega.
"É importante hoje, mais do que nunca, darmos este sinal de que a IL está cá, está preparada, está confiante e é uma alternativa ao imobilismo, a um autoritarismo ainda tímido, mas que se começa a sentir", afirmou Mariana Leitão em declarações aos jornalistas à chegada ao pavilhão onde se vai realizar a X Convenção Nacional da IL, em Alcobaça.
Mariana Leitão disse querer deixar, nesta convenção, o sinal de que a IL vai "combater todos os ataques a direitos, liberdades e garantias" e vai fazer uma "defesa intransigente" do sistema democrático.
Os trabalhos da X Convenção da Iniciativa Liberal arrancaram poucos minutos das 10:30, com uma hora de atraso face ao programa.
Numa referência a André Ventura, Mariana Leitão disse que "há um novo líder da oposição que é preciso ser combatido, porque é de facto um líder com uma ausência grande de propostas, com ainda mais socialismo do que o anterior e com laivos de algum autoritarismo que é preciso combater".
Questionada se a IL se sente pressionada com o crescimento do Chega, Mariana Leitão respondeu: "Não, não nos pressiona".
"Acima de tudo, mostra o estado do país, o desespero em que as pessoas se encontram, mostra a frustração e isso é muito responsabilidade dos dois partidos que andaram a disputar o poder durante 50 anos", disse.
Sobre se lamenta que, na disputa pela liderança do partido, a oposição interna não tenha apresentado qualquer candidato alternativo, Mariana Leitão disse que todas as pessoas tiveram a oportunidade de se candidatar e rejeitou que o facto de o Conselho Nacional ter optado por convocar uma eleição interna em 30 dias possa ter sido um obstáculo para candidaturas alternativas.
"Entre a demissão do Rui Rocha e o dia de hoje, passaram-se praticamente dois meses. Portanto, parece-me que houve tempo suficiente para quem tivesse essa vontade, porque é preciso tê-la", disse, frisando ainda que se esforçou para promover uma união interna na sua direção, na qual integrou dois ex-apoiantes de Carla Castro, adversária de Rui Rocha na disputa pela liderança da IL em fevereiro de 2023.
Mariana Leitão disse que, nesta convenção, não vai anunciar o nome do candidato presidencial que a IL vai apoiar, mas deixou uma garantia: "É garantido que a IL vai estar nas presidenciais".