Depois da reunião no Eliseu, a Presidência não adiantou novidades sobre o calendário da construção de seis reatores do tipo EPR2, cujas primeiras entradas em serviço devem ocorrer "até 2025, o mais tardar".

Mas a comissão "passou em revista" o programa e recordou que pretende mobilizar todos os atores para "garantir que os detalhes e objetivos" desta peça-chave da estratégia nuclear da França "vão ser respeitados", segundo um comunicado do Eliseu, designação do palácio onde está a Presidência francesa.

A principal novidade da reunião foi "o lançamento de estudos conducentes à preparação do prolongamento da vida das centrais existentes para 60 e mais anos, em condições estritas de segurança, garantidas pela Autoridade de Segurança Nuclear". Desta forma, o Estado francês faz sua a pretensão da EDF, que esta a explorar as centrais, que pretende aumentar a duração da vida útil destas instalações, atualmente limitada a 40 anos.

O ano 2023 é crucial para o futuro energético da França, que deve inscrever em lei a parte relativa a cada fonte de energia, designadamente do nuclear, para sair dos combustíveis fósseis e alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

"Agora que a direção está clara, precisamos de uma cabina de pilotagem e de um chefe a bordo", escreveu-se no comunicado do Eliseu, onde se realçou que "o imenso canteiro" dos novos reatores "pesa mais de 60 mil milhões de euros", apesar de a questão do financiamento, ainda por decidir, não ter estado na agenda de trabalhos.

E o 'chefe' quer mostrar que está 'a bordo': Macron vai passar a reunir esta comissão de direção da política nuclear duas vezes por ano.

RN // RBF

Lusa/fim