Numa entrevista que concedeu ao Pod cast do PS, intitulado "Política com Palavra", o presidente da Assembleia da República classificou como insuficiente a promoção das eleições presidenciais por parte da CNE.

Em conferência de imprensa, no parlamento, o secretário da Comissão Executiva da CNE, João Almeida, começou por referir que "essa foi uma opinião da segunda figura do Estado" português "e que é respeitável".

"Mas não sentimos que essa crítica faça justiça ao esforço que a CNE fez. A CNE é constituída por cidadãos que não são profissionais de nada, tem serviços minúsculos (11 pessoas) e conseguiu pôr de pé uma campanha abrangendo os órgãos de comunicação social para que tinha recursos financeiros para poder pagar as inserções de publicidade", respondeu.

João Almeida apontou que a CNE "apoiou a ação de particulares que tentaram apelar à participação eleitoral".

"A CNE rege-se pela lei e a lei dá-lhe uma missão específica: Compete à comissão esclarecer os cidadãos sobre a importância da eleição e o que fazem os órgãos colocados a sufrágio, e dizer-lhes como votam. Para além disto, a CNE também sabe que ajuda a mobilizar os cidadãos e ainda inclui apelos diretos ao voto", especificou João Almeida.

O secretário da Comissão Executiva da CNE deixou depois o seguinte recado: "Mais a comissão não pôde fazer" nas atuais circunstâncias.

"Pode ser que numa outra ocasião mais o possa fazer", acrescentou.

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