Cabaz de alimentos sobe mais de 2 euros numa semana. Salmão e atum em azeite estão 20% mais caros do que no início do ano

O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE quebrou a tendência de descidas de preço que se verificava há três semanas seguidas e, na última semana, subiu acima de dois euros. Custava esta quarta-feira 237,76 euros, mais 2,58 euros do que há uma semana (+1,10%).

Comparando com o início de 2024, o cabaz está 1,72 euros mais barato. Mas, se olharmos ao período homólogo do ano anterior, a subida é de 14,90 euros, e ainda maior, de 54,13 euros, se compararmos com o preço do cabaz antes do início da guerra na Ucrânia.

Se olharmos aos preços os produtos considerados no cabaz, desde o início de 2024 que os que mais aumentaram foram o salmão (23%) e o atum posta em azeite (23%). Seguem-se a perna de peru (16%), a dourada (14%), os flocos de cereais (14%), o óleo alimentar (12%), a cebola (10%), a batata vermelha (10%), a carne de novilho para cozer e o queijo flamengo fatiado embalado (8%).

Douradinhos de peixe, laranja, café e robalo entre os produtos que mais aumentaram na última semana
Observando apenas a última semana, 1 e 9 de maio, os produtos que mais tinham subido de preço foram os seguintes: douradinhos de peixe (16%), laranja (14%), iogurte líquido (13%), café torrado moído (13%, feijão manteiga (9%), robalo (9%), massa espirais (9%), ervilhas ultracongeladas (9%), perna de peru (8%), curgete (8%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (36,63%, mais 15,44 euros), e no peixe (32,80%, mais 19,80 euros).

Laranja dispara 42% num ano. Azeite virgem extra sobe acima de 50%
Comparando os preços do cabaz da última semana, com o mesmo conjunto de produtos adquiridos há um ano, verifica-se que foram os seguintes produtos os que registaram maior incremento de preço: Azeite virgem extra ( (52%), laranja (42%), pescada fresca (40%), atum posta em azeite (33%), perna de peru (23%), curgete (22%), douradinhos de peixe (19%), alface frisada (17%), ervilhas ultracongeladas (16%) e couve-flor (16%)

Azeite, pescada e cebola com maiores aumentos desde começo da guerra na Ucrânia
Já olhando aos preços do cabaz da última semana, e comparando-os com o mesmo conjunto de produtos adquiridos a 23 de fevereiro de 2022, antes do conflito na Ucrânia, verificam-se que os seguintes produtos registaram os maiores aumentos de preço: azeite virgem extra (130%), pescada fresca (99%), cebola (80%), laranja ((75%), salmão (69%), arroz carolino (64%), batata vermelha (63%), açúcar branco (63%), polpa de tomate (61%) e flocos de cereais (58%).