Biden discursa hoje sobre antissemitismo em cerimónia de memória do Holocausto. O que se espera?

Numa altura em que os protestos de estudantes em várias universidades dos EUA já ‘contagiaram’ outros pontos do mundo, o Presidente norte-americano Joe Biden tem hoje uma ‘prova de fogo’ que poderá ser ‘chave’ para colocar ‘água na fervura’ desta questão, decorrente do conflito entre Israel e Hamas, e consequentes efeitos para a população da Faixa de Gaza.

O Presidente Joe Biden fará o discurso principal numa cerimónia anual em memória do Holocausto que decorre hoje, anunciou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na semana passada.

As declarações de Biden acontecerão durante uma cerimónia do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, marcando os Dias de Memória no Capitólio.

Jean-Pierre disse aos jornalistas que Biden irá “discutir o nosso dever moral de combater o crescente flagelo do antissemitismo” e o trabalho da administração para combater este problema.

As declarações de Biden surgem num momento de aumento do antissemitismo, incluindo nos protestos que varreram os campi universitários nas últimas semanas, à medida que os estudantes criticaram a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.

Questionada na passada quarta-feira se Biden apoia o envio de forças policiais para lidar com os protestos nos campi universitários, Jean-Pierre disse: “Fomos muito claros sobre isso – os americanos têm o direito de protestar pacificamente. Eles têm o direito de protestar pacificamente, desde que esteja dentro da lei e que seja pacífico.”

“Tomar à força um edifício não é pacífico. Simplesmente não é”, continuou, referindo-se aos manifestantes na Universidade de Columbia que tomaram um edifício do campus. “Os estudantes têm o direito de se sentir seguros. Têm o direito de aprender, têm o direito de fazer isso sem perturbação e têm o direito de se sentir seguros”, terminou.

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