As declarações de Erkki Liikanen, governador do Banco da Finlândia e membro do conselho de governadores do BCE, são feitas quando falta um mês para o fim do programa definido pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para a Grécia.

"A extensão do programa da Grécia expira no final de fevereiro e alguma solução tem de ser encontrada, caso contrário não podemos continuar a emprestar", disse Liikanen à rádio pública finlandesa Yle.

O partido de esquerda grego Syriza, que venceu as eleições legislativas de domingo, afirmou a intenção de renegociar os termos do resgate.

"Foi realizada uma restruturação significativa da dívida com os investidores privados. O BCE não pode financiar um Estado diretamente, o que seria o caso", disse o governador finlandês.

Em 2011, quando foi acordado um segundo resgate à Grécia, a Finlândia foi um dos países europeus que exigiu garantias em relação à sua quota-parte do empréstimo.

Após a vitória do Syriza, o primeiro-ministro finlandês, Alexander Stubb, disse que se opõe a um alívio da dívida grega, mas que admite uma extensão do prazo de reembolso.

"Mantemos o que foi decidido, mas podemos prolongar o período de reembolso", disse à imprensa em Helsínquia.

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