Face ao semestre anterior, a descida foi de 19,6%, refere a Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações.

"É uma evolução favorável que se regista em todos os serviços e em todos os operadores, que viram reduzir o número de reclamações face aos dois semestres anteriores, importando continuar a acompanhar e verificar se esta tendência prossegue nos próximos semestres", afirma a Anacom em comunicado.

As questões relacionadas com a venda do serviço (18,8%), cancelamento do serviço (14,1%), faturação (12,4%) e os problemas com os equipamentos (12,3%) representaram mais de metade do total das reclamações recebidas pela Anacom entre janeiro e junho deste ano.

A NOS, fruto da fusão da Optimus com a Zon, "registou a maior taxa de reclamação" no semestre, com 0,99 reclamações por mil clientes.

"De entre os prestadores com maior expressão no mercado, a Vodafone e a Meo foram os menos reclamados no período em análise, ambos com 0,54 reclamações por mil clientes", refere a Anacom.

Os pacotes de serviços continuaram a ser o serviço mais reclamado, totalizando 7.353 queixas no primeiro semestre, embora menos 13% que nos seis meses anteriores.

A Vodafone Portugal foi o operador "mais reclamado com 2,97 reclamações por mil clientes, seguindo-se a NOS com 2,65 reclamações por mil clientes. No entanto, ambos os prestadores reduziram as reclamações, tanto em termos homólogos como face ao semestre anterior", acrescenta o regulador.

O serviço telefónico móvel foi o segundo serviço mais reclamado, com 7.341 reclamações, embora menos 25,3% que no semestre anterior.

Relativamente a este serviço, a NOS foi a operadora mais reclamada no semestre, com 1,22 reclamações por mil clientes, seguindo-se a Meo com 0,52.

Já a televisão por subscrição registou 2.047 reclamações, uma descida de 25,8% face ao semestre anterior, de acordo com dados da Anacom.

"Com 0,74 reclamações por mil clientes, a NOS foi o operador mais reclamado", refere, seguindo-se a Vodafone, com 0,65 reclamações por mil clientes.

Relativamente ao serviço de Internet móvel, foram recebidas 1.393 reclamações (-24,5% face aos seis meses anteriores), com a NOS a liderar as queixas, seguida da Meo.

No acesso à Internet por rede fixa, que registou 1.148 reclamações (-32,8% que no semestre anterior), a Cabovisão (que foi vendida pela Altice ao fundo Apax) liderou as queixas, seguida da NOS, que no serviço telefónico fixo, alvo de 1.171 reclamações (-24,7%), foi a operadora com mais queixas, ficando em segundo lufar a AR Telecom.

No setor postal, as reclamações recuaram 4,2% no primeiro semestre do ano, face a igual período do ano passado, para 3.626.

Relativamente ao semestre anterior, as reclamações diminuíram 14,3%.

"As reclamações sobre o serviço de distribuição de envios postais perfazem 43,8% do total, seguindo-se os problemas com o atendimento nos postos e nas estações de correio, que representam 27,2% das reclamações analisadas, os problemas relacionados com a falta de tentativa de entrega de correspondência e encomendas no domicílio (14,1%), e as questões relacionadas com o atraso na entrega de objetos postais (13%)", refere o regulador, que adianta que os CTT foram a empresa mais reclamada.

Sobre o serviço de televisão digital terrestre (TDT), as reclamações totalizaram 234 no semestre em análise, caindo para metade face aos seis meses anteriores e 48,5% em termos homólogos.

No que respeita a reclamações sobre diversos outros serviços que incluem serviços de tarifa majorada, de valor acrescentado baseado no envio de mensagens escritas (SMS) ou multimédia (MMS) e de auditexto, entre outros, estas totalizaram 33.015 no final do primeiro semestre.

ALU// ATR

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