Segundo o diretor do Instituto Nacional da Criança (INAC) na província da Huíla, Abel Joaquim, os menores eram levados para trabalhar em fazendas, sobretudo no município do Tombua, na província do Namibe, ambas no sul.

Após a recuperação, as crianças com idades entre os dez e 18 anos, foram reencaminhadas às suas zonas de origem, os municípios da Chibia e Humpata, na Huíla.

O responsável adiantou que uma comissão multissetorial, integrada pelas direções provinciais dos Ministérios da Assistência e Reinserção Social e do INAC, esteve envolvida na recuperação destas crianças, que foram submetidas a um tratamento médico após a sua retirada de fazendas nas províncias do Namibe, Luanda e Bengo.

Abel Joaquim disse que a comissão deslocou-se à Chibia e à Humpata, para constatar o estado de saúde daquelas crianças.

"Temos estado a fazer trabalho de recuperação psicomotora das crianças, uma vez que as mesmas passaram por um processo de escravidão e sem capacidade de reação, devido à extrema pobreza que atinge as suas famílias", especificou o responsável.

Em julho (19 menores) e setembro (18) deste ano as autoridades angolanas registaram casos de transporte ilegal de crianças para trabalhos forçados em fazendas nas províncias do Namibe e da Huíla, no sul de Angola.

Os menores resgatados pela polícia tinham idades inferiores aos 17 anos.

NME // ARA

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