Em declarações à Lusa, a presidente do SNPVAC, Luciana Passo, explicou que a decisão foi tomada por 84% dos associados em referendo e confirmada em assembleia geral na segunda-feira, o que é "bastante representativo" da vontade de sair da UGT, explicando que se acentuou nos últimos tempos, na sequência de cartas "desagradáveis" da central sindical.

"A partir de agora seremos um sindicato independente e não temos qualquer receio de perder força", declarou.

De acordo com a dirigente sindical, "há muitos anos" que as relações com a central sindical se vinham deteriorando, o que se agudizou quando as contestações dos tripulantes de cabine à decisão do Governo de relançar a privatização da TAP subiram de tom.

Luciana Passo considerou que integrar a UGT "não trazia quaisquer vantagens" ao SNPVAC.

Em outubro, os associados do sindicato -- na altura ainda com outra direção -- sentiram falta de solidariedade da central sindical, o que intensificou a vontade de sair. A UGT respondeu com "cartas desagradáveis que insultaram uma classe inteira", acrescentou a dirigente sindical, escusando-se a revelar o seu conteúdo das mesmas.

O SNPVAC foi um dos três sindicatos (com o SITAVA e o SINTAC) que se recusou a assinar o memorando de entendimento com o Governo -- para a criação de um grupo de trabalho - e a desconvocar uma greve de quatro dias entre o Natal e o Ano Novo.

Entre os sindicatos signatários estavam três sindicatos filiados na UGT, o que levou a central sindical liderada por Carlos Silva a recusar apoiar a posição dos tripulantes de cabine.

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