De acordo com dados dos Serviços de Finanças apurados pela declaração para liquidação do imposto de selo, ao longo de 2014 o valor médio do metro quadrado subiu na península de Macau 19,4% para 96.226 patacas (10.690 euros), na ilha da Taipa 26,54% para 104.623 patacas (11.625 euros) e na ilha de Coloane 19,58% para 126.632 patacas (14.070 euros).

Só no mês de dezembro de 2014, e comparativamente a novembro, o preço médio do metro quadrado subiu 5,1% para 96.411 patacas (10.712 euros), tendo o maior aumento sido registado na ilha de Coloane com a subida de 27,56% para 138.587 patacas (15.398 euros).

Com os preços em alta, o número de casas transacionadas em dezembro de 2014 caiu 12% face ao mês de novembro para um total de 418 unidades.

Na comparação homóloga, em dezembro de 2014 o preço médio do metro quadrado das casas em Macau registou uma ligeira queda de 1% para 96.411 patacas (10.712 euros), mas o número de unidades vendidas caiu significativamente - 50,35% das 842 casas vendidas em dezembro de 2013 para as 418 unidades de 2014.

Nos últimos meses assiste-se a uma oscilação do preço médio do metro quadrado em Macau que já não regista os valores de crescimento de anos anteriores, ao mesmo tempo que as unidades habitacionais transacionadas sofrem uma forte quebra.

As limitações ao crédito e os altos valores praticados pelo mercado afastam potenciais compradores, nomeadamente os residentes de Macau que passam a recorrer ao mercado de arrendamento.

Apesar de não existirem números oficiais, fontes do setor imobiliário estimam em cerca de 50.000 as casas devolutas na cidade e responsabilizam a especulação imobiliária e até os próprios agentes de estimular e sustentar a subida das rendas e das casas.

Por diversas vezes, quer Edmund Ho, que foi o primeiro chefe do Executivo, quer Fernando Chui Sai On, o atual líder do Governo, e diversos economistas, aconselharam prudência aos investidores no mercado imobiliário, salientando que o setor vive uma alta de preços artificial que pode terminar a qualquer momento.

Macau é desde 20 de dezembro de 1999 uma Região Administrativa Especial da China com autonomia administrativa, executiva e judicial.

A economia de Macau está assente nos serviços com o setor do turismo, especialmente o jogo em casino, a afirmar-se como a principal fonte de receita pública devido aos impostos diretos de 35% cobrados sobre as receitas brutas apuradas nos espaços de jogo e de 4% de indiretos canalizados para fins diversos como a promoção turística.

JCS // ARA

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