Pinto da Costa diz no decreto que a exoneração foi feita "sob proposta do primeiro-ministro e chefe do Governo", Patrice Trovoada.

A demissão de Roberto Raposo ocorre cerca de três semanas depois de declarações que proferiu durante uma audição parlamentar em que os procuradores e magistrados do Ministério Público e os tribunais de serem "os principais culpados" pelo aumento da delinquência no país e de não estarem capacitados para desempenharem essas funções.

Estas declarações foram divulgadas pela imprensa e provocaram uma onda de reações do primeiro-ministro, do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), dos magistrados do Ministério Publico (MP) e da Associação Sindical dos Magistrados judiciais.

Na sequência da polémica, o primeiro-ministro pediu, em carta enviada ao chefe de Estado são-tomense, a exoneração do ministro.

A carta, datada de 05 deste mês, dizia que "uma vez exonerado pelo decreto presidencial, o cargo" que vinha sendo exercido por Roberto Raposo "será acumulado por outro membro do Governo até que o novo titular seja nomeado", o que deverá acontecer nos próximos dias.

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