Numa resposta enviada à agência Lusa, a PGR acrescenta que os inquéritos estão a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e que um deles "investiga atividades desenvolvidas nos Açores".

"Estes inquéritos encontram-se em segredo de justiça", refere a PGR, sem acrescentar mais pormenores sobre o assunto.

Na quinta-feira passada, o Expresso divulgou a história de um açoriano que se preparava para ir para a Síria para integrar as fileiras da jihad, mas acabou travado pela Polícia Judiciária na Praia da Vitória.

Por outro lado, o Diário de Notícias tinha avançado na noite de quarta-feira que um homem tinha sido detido por fotografar a Base das Lajes, na ilha Terceira, e que as imagens foram parar a 'sites' do Estado Islâmico.

Segundo disse na altura à agência Lusa fonte ligada à investigação, a PJ constituiu arguido e interrogou um cidadão português, residente nos Açores, suspeito de ter ligações a grupos terroristas na Síria.

A mesma fonte indicou que, após o interrogatório, os inspetores da Unidade Nacional de Contra terrorismo (UNCT) da PJ consideram que o arguido não tinha qualquer tipo de contacto com organizações terroristas, pelo que o inquérito foi encerrado.

O arguido foi questionado depois de alegadamente ter mostrado a intenção, via redes sociais, de viajar para a Síria e juntar-se ao Estado Islâmico.

A fonte sublinhou que esta investigação, à semelhança de outras, insere-se no trabalho de monitorização da PJ no combate ao terrorismo, cuja missão é prevenir, detetar e investigar crimes cometidos por organizações terroristas e terrorismo e contra a segurança do Estado, entre outros.

Entretanto, hoje, o Sunday Times volta a abordar a história de um jovem de 22 anos identificado como Fabio Pocas, emigrante português radicado em Londres, que terá ido para a Síria para se juntar ao Estado Islâmico.

SO (CC) // RJP

Lusa/Fim