"Neste dia carregado de simbolismo, em que celebramos a liberdade, e numa altura em que, graças aos portugueses, podemos encarar o futuro com mais sonho, com mais esperança e de uma forma mais livre, sabemos que só nos libertaremos das más notícias do passado se escolhermos a via da responsabilidade", declarou Pedro Passos Coelho.

Ao lado do presidente do CDS-PP, Paulo Portas, na assinatura do compromisso para uma coligação entre os dois partidos, o também primeiro-ministro, de cravo vermelho na lapela, argumentou que é essa via que fará o país "crescer ainda mais e mobilizar todos para um futuro com mais prosperidade, como os portugueses merecem e como o dia 25 de Abril de 1974 prometeu a todos os portugueses, com tolerância e isenção na pluralidade das opiniões".

Paulo Portas também se referiu à efeméride de hoje, sublinhando a realização das eleições para a Assembleia Constituinte, que decorreram há 40 anos, um ano depois da revolução dos cravos.

"Passam hoje 40 anos sobre as primeiras eleições livres e democráticas em Portugal. A liberdade que o 25 de Abril trouxe é de todos e para todos", declarou.

"É no uso dessa liberdade que hoje anunciamos um facto que é em si mesmo uma forte manifestação de vontade política: defenderemos nos órgãos dos nossos partidos que o interesse de Portugal é a razão - e essa razão chega - para realizar uma aliança que une as nossas forças, alarga o nosso espaço abrindo a setores independentes e inovadores", sublinhou.

A declaração de Passos e Portas decorreu num hotel em Lisboa, sem a presença de dirigentes partidários na assistência.

O compromisso para uma coligação pré-eleitoral entre PSD e CDS-PP será agora sujeito aos órgãos de ambos os partidos.

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