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Num momento em que Moçambique vive uma escalada de violência política, um homem de 52 anos prevê uma nova debandada da população de Maringué, lugar histórico de agitação militar, mas, como sempre, ele não tenciona ir para lado nenhum.
"Houve muitos conflitos aqui, todas as famílias fugiram, mas eu fiquei sempre cá", conta Vicente, nome fictício a seu pedido, porque "há uma desconfiança muito grande em Moçambique" e ele vive no centro da tempestade política.
Natural de Chemba, no norte da província de Sofala, este homem foi recrutado à força para a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e tornou-se socorrista na guerra civil de 16 anos que destruiu o país.