"Os jogadores podem dar mais, mas necessitam de apoio, que os adeptos entendam a sua juventude e os acompanhem nos momentos menos bons. Não estava a ser assim. Houve momentos em que [os adeptos] não apoiavam a equipa e apenas criticavam o treinador", disse, em conferência de imprensa.

Na ocasião, o técnico português assumiu integral responsabilidade pelos maus resultados da equipa, não descartando a existência de uma campanha para o apear do cargo.

"Não sei se existe ou se existiu. Mas quando, depois dos êxitos da última época, escutei apupos fiquei surpreendido", disse.

Nuno Espírito Santo defendeu ainda as transferências para o Valência intermediadas pelo seu agente, o português Jorge Mendes.

"Ainda há pouco tempo ouvi muitos dizerem que era um privilégio trabalhar com o melhor agente do mundo. Não sei o que mudou a esse respeito, porque ele continua a sê-lo. Ajudou muitíssimo o Valência", disse.

O português Nuno Espírito Santo anunciou no domingo que iria deixar o comando técnico do Valência, depois da derrota em Sevilha por 1-0, em encontro da 13.ª jornada da Liga espanhola de futebol.

"Estou muito orgulhoso. Foi uma honra treinar o Valência. Amanhã (segunda-feira), com o presidente e os donos do clube, vai haver uma reunião para clarificar o futuro", disse então o técnico luso, que orientou o conjunto 'ché' durante 17 meses.

O antigo treinador do Rio Ave tinha sido contratado por uma temporada no início 2014/15 e foi reconduzido até 2018 nas funções.

Na época passada, o técnico luso levou o clube ao quarto lugar, mas esta época saiu com oito derrotas, em 20 encontros, seguindo o Valência no nono posto da Liga espanhola.

Na segunda-feira, o Valência anunciou em comunicado ter chegado a um "acordo mútuo" para rescindir com o treinador português, nomeando Salvador González 'Voro' como treinador interino.

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