"Primeiro é preciso sair o decreto para nomeá-lo, ele terá que ser promovido de coronel para o posto de brigadeiro e depois toma posse", explicou a fonte, sublinhando que "tudo isso pode ser feito em 48 horas".

O nome de Horácio Sousa foi aprovado na sexta-feira em reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional, presidida pelo presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa.

O Conselho "apreciou favoravelmente o nome do candidato proposto pelo governo", disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho Superior de Defesa Nacional, João Quaresma Bexigas, no final do encontro que decorreu no palácio presidencial.

Desde fevereiro que as Forças Armadas (FA) são-tomense não tem um chefe de estado-maior. O último, Justino Lima foi forçado a demitir-se devido ao seu envolvimento pessoal no espancamento, na parada do quartel-general, de um jovem que teria roubado carteira com valor monetário e arma de uma militar do exército.

As imagens onde o chefe de estado-maior das forças armadas aparece a bater no suspeito foram divulgadas nas redes sociais, quatro meses depois do caso.

O primeiro-ministro Patrice Trovoada pediu ao Presidente da República a convocação "com caráter de urgência" uma reunião do conselho superior de defesa nacional para analisar a situação que, segundo o governo, "coloca em causa, a nível interno e internacional", a imagem do país e das instituições.

Cerca de 48 horas depois da reunião do conselho superior de defesa nacional o brigadeiro foi forçado a demitir-se.

A demissão de Justino Lima provocou alguma tensão entre algumas altas patentes da chefia militar. Desde então a instituição militar ficou sem a sua figura máxima, tendo assumido interinamente as funções do chefe de estado-maior, o seu adjunto, Olinto Neves.

"O que acontece é que apenas existem quatro coronéis que reúnem requisitos para o cargo. Desses quatro, dois declinaram o convite", explicou a fonte para justificar a demora em encontrar um substituto do anterior CEMGFA.

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