De acordo com José Alberto Seabra, diretor-adjunto do museu, o MNAA - que fecha às segundas-feiras durante todo o dia, como a maioria dos museus - também encerrava às terças-feiras de manhã, desde 1994, à semelhança de outros museus nacionais.

"Nessa década, entre várias razões, por questões sindicais, o museu passou a fechar às terças-feiras de manhã. Agora, com a entrada em vigor das 40 horas semanais de trabalho na Função Pública, reorganizámos as escalas dos trabalhadores e considerámos que era possível abrir ao público nesse período", explicou.

No ano passado, o MNAA foi o mais visitado dos museus nacionais, na tutela da Direção--geral do Património Cultural (DGCP), com 221.675 entradas.

"Há uma norma internacional para os museus fecharem à segunda-feira, libertando um dia útil em que são feitas manutenções, limpezas, mudança de peças e equipamentos. No entanto, já existem alguns, sobretudo grandes museus, que nunca fecham, porque têm recursos e podem resolver essas situações em horários noturnos", contextualizou o responsável.

A partir de 01 de abril, segundo o diretor-adjunto, o MNAA vai passar a abrir de terça-feira a domingo, das 10:00 às 18:00, não encerrando durante a hora de almoço, como até agora.

A Lusa contactou a DGPC para apurar que museus sob a sua tutela deixaram de encerrar à terça-feira de manhã, mas, até ao momento, não obteve uma resposta.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, desde pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.

Hieronymus Bosch, Piero della Francesa, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, van Dyck, Murillo, Ribera, Fragonard, Nicolas Poussin e Tiepolo são alguns dos mestres europeus representados na coleção do MNAA.

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