O rating da Petrobras baixou da classificação "Baa2" para "Baa3", o que, na prática, significa retirar a empresa da lista das companhias recomendadas como "grau de investimento".
A redução ocorreu em função das investigações realizadas desde o início do ano passado pela polícia federal brasileira, que desmantelou uma rede de branqueamento de dinheiro que levou a uma série de casos de corrupção e desvios ocorridos dentro da petrolífera nos últimos anos.
As denúncias fizeram com que as ações da Petrobras sofressem uma queda abrupta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), e atrasaram, em mais de três meses, a divulgação do balanço da empresa, que acabou por ser publicado esta semana, porém sem o cálculo das perdas relativas aos desvios, como era esperado.
Pelo resultado divulgado, a petrolífera lucrou 3,1 mil milhões de reais (cerca de 1 milhão de euros) no trimestre, menos 38 por cento do que no terceiro trimestre do ano passado, em comparação com o trimestre anterior, e 9 por cento inferior em relação ao mesmo intervalo de 2013.
A auditora independente PriceWaterHouseCoopers (PwH), responsável pela auditoria do balanço, recusou-se a assinar o resultado, o que também pode afetar a credibilidade da Petrobras.
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