Jorge de Oliveira, que falou a propósito da 4ª edição da Tektónica Moçambique -- Feira da Construção, Imobiliário, Segurança, Energia e Ambiente de Moçambique -- que vai decorrer entre 21 e 23 de abril, em Maputo, acrescentou que as empresas portuguesas de construção têm "impulsionado largas centenas de milhares de euros", resultante dos "bons projetos" que anualmente apresentam no "alternativo" mercado moçambicano.

"Moçambique é um dos países extremamente importantes onde as empresas portuguesas poderão ver reconhecidas a sua competência e felizmente vão tendo bastante trabalho e têm contribuído bastante para bons projetos", disse.

Instado a fazer um balanço das três últimas edições da Tektónica-Moçambique, Jorge de Oliveira apontou as "várias vantagens" do certame que junta empresários portugueses e moçambicanos da área de construção civil, primeiro, numa feira, e, de seguida, num encontro em que se discutem as oportunidades de negócios no setor.

"Por norma, entre 10 e 20% das empresas que participam na Tektónica-Moçambique, acabam por criar uma empresa nova em Moçambique a partir desta participação. O tipo de investimento que vão lá fazer ao longo do ano é difícil saber contabilizar, mas acabam por representar umas largas centenas de milhares de euros que anualmente são impulsionados", afirmou.

De ano para ano, "continua a haver um interesse muito grande pelo mercado" moçambicano, aliás, "nos últimos anos tem havido uma tendência para as empresas que participam na Tektónica-Moçambique estarem muito focadas naquilo que se passa no eixo-norte", onde "continua a haver grandes oportunidades de negócios", acrescentou.

Desde 2012, a Fundação AIP, através da AIP - Feiras, Congressos e Eventos, organiza a Tektónica-Moçambique, um evento integrante da Semana Empresarial Moçambique Portugal, que tem como seu momento alto o encontro empresarial com mais de 250 empresários portugueses e moçambicanos no dia 21 de abril em Maputo.

Em nota hoje enviada à Lusa, a Fundação AIP assinalou que, no Encontro Empresarial Moçambique Portugal, serão entregues os prémios Tektónica Moçambique e Cooperação Moçambique-Portugal, com especial destaque para o prémio Personalidade do Ano, que em 2014 foi entregue ao Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) Rogério Manuel.

Durante três dias, a Fundação AIP vai dar a conhecer, na capital moçambicana, a importância da Arquitetura, Engenharia, dos Sistemas de Financiamento, da qualidade e inovação nos Materiais de Construção portugueses.

"O sector da construção é um sector vital para o desenvolvimento de Moçambique e também uma área onde a cooperação entre entidades e empresas portuguesas e moçambicanas pode ser mais efetiva e geradora de mais e melhores projetos e qualificação de recursos humanos", defende o organizador do evento.

Questionado sobre o recente conflito político-militar, que opôs a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o governo moçambicano, Jorge de Oliveira desvalorizou o impacto sobre as empresas portuguesas, afirmando que as que decidiram investir naquele país africano "continuam a atuar no mercado moçambicano".

"Aquando dos primeiros sinais destas perturbações, houve alguma moderação e uma e nesse momento uma ou outra empresa acabou por desinvestir. As empresas que nos últimos anos tem estado em Moçambique para desenvolver o seu negócio continuam a atuar no mercado moçambicano. Houve alguns momentos em Moçambique que fizeram as empresas abrandar um pouco o seu investimento, mas essa é uma situação que já está relativamente ultrapassada", garantiu.

MMT // EL

Lusa/Fim