Os analistas do BPI preveem um "acentuado agravamento" do défice público em 2014 em relação ao ano anterior e, apesar de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter considerado a situação sustentável, "as autoridades moçambicanas devem moderar o ritmo do endividamento".

Ainda que o Governo moçambicano prepare uma política fiscal mais restritiva em 2015, o boletim do BPI, datado de outubro, lembra que o espaço nesta área para fazer face a um choque externo "ficou bastante mais reduzido" e que o aumento de receitas entretanto verificado foi resultado de mais-valias extraordinárias, enquanto se recorre cada vez mais a empréstimos não concessionais para financiar o défice público, "à medida que as doações vão diminuindo".