Depois de uma reunião considerada "importante e decisiva", e que durou quase a tarde toda, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse à Lusa que mesmo assim não foram abordados todos os temas mas que foram debatidos dos mais importantes e que tiveram "grande recetividade" da ministra.

Uma das propostas que a estrutura sindical apresentou, no âmbito do processo de alteração do estatuto profissional, foi a da aposentação aos 60 anos, sem cortes, e a passagem à pré-aposentação de forma automática (agora depende de parecer), algo a que a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, foi recetiva, disse o dirigente.

"Era um dos problemas de âmbito socioprofissional mas também de funcionamento da própria PSP, tendo em conta o envelhecimento do efetivo, e esse problema de alguma forma ficará resolvido, porque aos 55 anos e 36 de trabalho, o elemento pode passar à pré-aposentação", disse Paulo Rodrigues.

Outra das propostas da ASP/PSP e à qual a ministra também foi recetiva, disse Paulo Rodrigues, é a da valorização da experiência profissional na progressão na carreira, algo que não tem acontecido e que é uma "das grandes injustiças", que prejudicava a estabilidade e até aumentava a conflitualidade interna, disse.

Nas palavras do responsável, à Lusa, a ministra também foi recetiva à proposta das 36 horas de trabalho, ficando por discutir, no próximo dia 05, questões como os dias de férias ou a tabela remuneratória.

"Da parte da ministra houve grande recetividade às nossas propostas, o que nos satisfaz, até porque estávamos neste processo de forma cética", disse Paulo Rodrigues à Lusa, acrescentando que, se a próxima reunião também decorrer da mesma forma, em meados do próximo mês o processo pode estar completo e haver condições para aprovar o estatuto da PSP.

Em março, o Ministério tinha apresentado uma proposta de alteração ao estatuto que gerou descontentamento entre os polícias, tendo os sindicatos apresentado contrapropostas, que estão agora a ser debatidas.

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