"Este encontro serviu para dar ao novo presidente da 'troika' do órgão da SADC para assuntos de defesa e segurança [liderado pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi] uma ideia mais precisa do que se passa no Lesoto e as respetivas espectativas", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, após a reunião.

Após um golpe de Estado fracassado em agosto do ano passado, o Lesoto vive um momento de crise política, marcado pelo recente assassínio em Maseru, capital do país, do ex-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Maaparankoe Mahao, próximo do antigo primeiro-ministro Tom Thabane, entretanto exilado na África do Sul com outros dirigentes da oposição.

Como forma de baixar a tensão, o país, através da medição da SADC, foi às urnas em fevereiro passado e o sufrágio foi ganho pelo atual primeiro-ministro, Pakalitha Mosisili, que é acusado de intimidação de figuras e militares próximos do Governo anterior.

Admitindo a complexidade da situação, o chefe da diplomacia moçambicana disse que o encontro de hoje, que contou com a presença da secretária-executiva da SADC, Stergomena Lawrence Tax , foi "aberto e produtivo", destacando que uma das decisões da reunião foi manter como facilitador das negociações a África do Sul, hoje representada pelo seu vice-Presidente, Matamela Ramaphosa.

"Trata-se um processo sensível e delicado, que tem uma componente política e militar", admitiu Oldemiro Baloi, reiterando, no entanto, que o principal objetivo da reunião era informar Filipe Nyusi sobre o panorama completo da crise naquele reino montanhoso dentro da África do Sul.

EYAC // ARA

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