Jerónimo de Sousa falava no final de um almoço com mais de 500 delegados sindicais, membros de comissões de trabalhadores e subcomissões de trabalhadores, no pavilhão da Siderurgia Nacional, em Paio Pires, no concelho do Seixal.

Ao considerar que a "União Europeia que tem uma profunda repulsa pela soberania dos povos", Jerónimo de Sousa disse que com o evoluir da situação na Grécia "fica cada vez mais claro o desrespeito pela soberania, pela vontade de mudança política que o povo grego expressou nas eleições para salvaguardar os interesses do grande capital e dos países dominantes da EU".

O líder comunista acusou ainda a União Europeia "do mando imperial e das grandes potências" e de ter como "método privilegiado" "ingerências e chantagens", desrespeitando a "soberania do povo".

"No momento em que o Governo grego anuncia a realização de um referendo para o próximo dia 05 de julho, o PCP reafirma a sua firme condenação das manobras da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) contra a Grécia e exige que seja respeitado o direito do povo grego a decidir do seu presente e do futuro livre de quaisquer ingerências e chantagens", frisou o dirigente comunista.

O secretário-geral do PCP disse ainda que o partido reafirma a sua solidariedade para com os trabalhadores gregos que resistem e lutam contra as imposições do FMI.

Cabe ao povo grego decidir das opções e caminhos que garantam os seus direitos e interesses e aspirações a uma vida melhor, concluiu.

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Lusa/fim