"É evidente que a ação ainda não terminou", disse o ministro a uma rádio belga, adiantando que "a vida tem que continuar", apesar de a capital belga estar paralisada há três dias em estado de alerta máximo antiterrorista.

O ministro apelou à população para que mantenha, no possível, as suas rotinas: "A vida quotidiana deve continuar", considerou.

O ministro escusou-se a adiantar pormenores sobre as 19 operações policiais que, no domingo, se saldaram por 16 detenções, continuando a monte Salah Abdeslam, o suspeito de terrorismo mais procurado na Bélgica, desde os atentados de dia 13, em Paris, que mataram 130 pessoas, incluindo um português e uma luso-descendente.

"É difícil dar detalhes sobre o inquérito, nesta fase, é demasiado sensível e a última coisa que queremos é perturbar o inquérito", salientou, escusando-se a comentar notícias sobre a eventual fuga de Addeslam para a Alemanha.

Bruxelas acordou hoje pelo terceiro dia consecutivo em alerta máximo devido a um "risco iminente" de ataques terroristas, com as instituições europeias a funcionarem a "meio gás" e rodeadas de altas medidas de segurança, numa cidade parcialmente paralisada.

No domingo, as autoridades belgas decidiram manter para hoje o nível de alerta máximo instaurado na madrugada de sábado na região de Bruxelas, por considerarem que subsiste uma "ameaça séria e iminente" de atentados, pelo que todas as linhas de metro estão encerradas e as escolas fechadas, algo inédito na história do país.

A capital da União Europeia e sede da NATO permanece hoje em "estado de sítio", fortemente vigiada por polícias e militares.

IG/ACC/PL

Lusa/fim