Os especialistas, que sublinharam a urgência de acionar os mecanismos necessários para combater o surto epidémico, falavam num painel da 3.ª edição dos Diálogos Atlânticos, um fórum anual de reflexão e debate de ideias para reforço das relações entre os países banhados por esse oceano que decorre na histórica cidade marroquina até domingo, uma iniciativa do German Marshall Fund, dos Estados Unidos, e do grupo mineiro marroquino OCP.

Segundo Paul Farmer, professor de Saúde Global e Medicina Social na Universidade de Harvard, Estados Unidos, as vítimas da febre hemorrágica, cuja taxa de mortalidade é de 90 por cento dos infetados e que já fez, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 5.000 mortos em cerca de 10.000 casos desde o início deste ano, padeceram devido ao "terrorismo da pobreza".