"Nós teremos a possibilidade de discutirmos com empresas do setor das obras públicas e (...) a questão do porto de águas profundas estará sobre a mesa", disse Patrice Trovoada.

O governante vai reunir-se nestes países com responsáveis de setores financeiros e de instituições privadas, através dos quais pretende obter garantias financeiras para investimentos em projetos estruturantes no seu país.

"A criação de riqueza, o crescimento económico em São Tomé e Príncipe vai dever-se, essencialmente, à entrada de capitais privados. É esse o sentido dessa nossa missão (ao estrangeiro)", disse o primeiro-ministro são-tomense antes do início da viagem.

O primeiro ministro de São Tomé e Príncipe adiantou, ainda, que vai encontrar-se, também, com representantes de "empresas de operações logísticas e fundos de investimento" desses três países incluídos na sua digressão pela Europa e Médio Oriente.

Em declarações aos jornalistas, o chefe do governo são-tomense apontou as áreas que podem interessar a eventuais investidores em são Tomé e Príncipe, referindo-se ao posicionamento geoestratégico do arquipélago como "um atrativo".

A estabilidade e a segurança "também são um bom atrativo", disse Trovoada, que se manifestou preocupado com a questão do financiamento.

"Embora tenhamos feito um progresso com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no que diz respeito a concessão dos créditos, ainda estamos aquém das possibilidades reais de endividamento, daí que quem pode, de facto, investir são as empresas privadas", concluiu.

MYB // JLG

Lusa/fim