"Apresentámos uma proposta e falei com responsáveis em Pequim e a nossa política é, no final, uma política de otimização", disse Alexis Tam à agência Lusa, sem detalhar qualquer elemento da proposta apresentada na capital chinesa, acrescentando que o executivo quer também "cativar mais turismo internacional".

O secretário salientou ainda que as autoridades chinesas deverão decidir "mais tarde" o que fazer.

A questão do número de turistas surgiu, pela primeira vez, no Ano Novo Lunar, quando o secretário alertou para a necessidade de conter grandes afluxos de visitantes a Macau em períodos restritos como as festividades, preferindo menos picos e uma otimização anual.

Em Hong Kong, depois de várias manifestações dos residentes da antiga colónia britânica contra os turistas do continente, o Governo Central chinês decidiu autorizar apenas uma visita semanal aos residentes de Shenzhen, a Zona Económica Especial chinesa adjacente a Hong Kong, em vez do atual sistema ilimitado para os detentores de vistos de múltiplas entradas.

Esta medida tem tradução prática num corte anual de cerca de 30% dos visitantes daquela região chinesa a Hong Kong, o que representa cerca de 4,6 milhões de entradas.

Para Macau e com o registo anual de 31 milhões de visitantes, Alexis Tam já disse na Assembleia Legislativa que o número de visitantes do continente não deverá ultrapassar os 21 milhões, o que pode significar uma limitação de visita a curto prazo.

Macau é desde 20 de dezembro de 1999 uma Região Administrativa Especial da China com autonomia administrativa, executiva e judicial.

A economia de Macau está assente nos serviços, com o setor do turismo, especialmente o jogo em casino, a afirmar-se como a principal fonte de receita pública devido aos impostos diretos de 35% cobrados sobre as receitas brutas apuradas nos espaços de jogo e de 4% de indiretos canalizados para fins diversos como a promoção turística.

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