A posição foi transmitida em Luanda pelo ministro da Construção, Waldemar Pires Alexandre, num encontro com empreiteiros nacionais e estrangeiros, para abordar a situação.

Segundo o ministro, o Governo definiu como prioritários para o ano em curso projetos financiados por iniciativas privadas.

"As nossas prioridades vão incidir concretamente nos projetos financiados com recursos assegurados", disse o governante, recordando que o Presidente José Eduardo dos Santos, no seu discurso de fim de ano avisou que alguns projetos seriam adiados.

O titular da pasta da Construção sublinhou que os projetos de construção de estradas e de construção de equipamentos sociais, que não identificou quais, fazem parte das restrições.

Em outubro do ano passado, o chefe de Estado angolano anunciou que a quebra nas receitas petrolíferas da exportação do petróleo levaria ao adiamento da meta de construção de 63 mil salas de aulas, inicialmente apontada para três anos.

O ministro da Construção adiantou que os projetos que deverão ter o suporte da componente dos recursos ordenados do Tesouro, vão aguardar até que se mobilizem recursos necessários à sua implementação.

"Mas podemos ainda contar com a criatividade e o empreendedorismo no nosso setor, no sentido de podermos alocar recursos provenientes da iniciativa privada, através de financiamentos quer externos ou internos, para o suporte desta atividade", acrescentou Waldemar Pires Alexandre.

O governante angolano sublinhou que na hierarquia de prioridades, os projetos da área social mantêm-se à frente da lista.

A visibilidade de empresas e da engenharia portuguesa é patente pelo seu envolvimento em projetos de obras públicas emblemáticas em Luanda, designadamente a recuperação da Fortaleza de São Miguel, concluída pela Soares da Costa, e as obras ainda em curso de construção do novo edifício da Assembleia Nacional, a cargo da Teixeira Duarte, e a requalificação da marginal de Luanda e da ilha do Cabo, do consórcio Mota Engil/Soares da Costa.

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