O emblemático forte, que espera receber 100 mil visitantes, durante o próximo ano, é composto por um conjunto de fortificações abaluartadas, classificadas como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

"As estimativas que nós temos é que poderão chegar aos 100 mil visitantes numa primeira fase (primeiro ano), uma vez que temos uma rede de monumentos que podem contribuir para este número", disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Elvas, Nuno Mocinha.

Segundo o autarca, o projeto global do Forte de Nossa Senhora da Graça, incluindo a recuperação e adaptação e a requalificação dos acessos e a musealização, deverá atingir os "7,5 milhões de euros".

A realização das obras surgiu na sequência da transferência, em 2014, de cerca de 30 prédios militares, situados na cidade raiana de Elvas, no distrito de Portalegre, do Estado para o município, sendo o Forte da Graça um dos mais emblemáticos.

O protocolo com o Estado estipulou a recuperação e reutilização deste monumento nacional que se encontrava degradado, sendo a cedência por um período de 40 anos e, eventualmente, renovável por outros períodos até perfazer o total de 75 anos.

No espaço, a Câmara de Elvas pretende instalar um Centro Interpretativo do Forte da Graça, bem como outras infraestruturas relacionadas com serviços educativos e com a área do património.

"Este projeto reveste-se de grande importância e de esforço financeiro por parte da câmara. Nós contamos com apoios de fundos comunitários na ordem dos 4,7 milhões de euros e, para nós, o Forte da Graça é a joia da coroa", disse.

Segundo Nuno Mocinha, o Forte da Graça, mandado construir em 1763 por ordem do Marechal Wilhelm von Schaumburg-Lippe, constitui um "ex-líbris da cidade", dentro do conjunto de fortificações que estão classificadas como Património Mundial.

De acordo com a autarquia, mais de 200 pessoas trabalharam na requalificação do Forte da Graça, nomeadamente na recuperação da casa do governador, o ponto mais alto do forte, e nas casas dos oficiais.

Durante a intervenção, foram ainda repostas todas as cores originais do forte e recuperadas as estruturas, como a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX, também alvo de intervenção.

O Forte da Graça vai estar aberto ao público todos os dias, com preços que variam entre os cinco e os 15 euros (visita guiada com acesso à cisterna).

Segundo o município, vão ser praticados preços especiais para grupos, estudantes e pessoas com mais de 65 anos.

As crianças até aos 12 anos e visitantes com grau de deficiência superior a 60% estão isentos de pagamento.

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