Os impactos das cheias que atingem sobretudo as províncias da Zambézia (centro) e de Niassa (norte), desde há duas semanas, poderão provocar uma descida de meio ponto percentual na previsão de crescimento económico do FMI sobre o país, mas a avaliação só deverá ser tomada em meados do próximo mês, quando uma missão da instituição financeira visitar o país.

"É verdade que continuará a ser elevada [taxa de crescimento do produto interno bruto], mas se calhar ao nível de 7% e não de 7,5%", afirmou o representante do FMI em Moçambique, Alex Segura, numa entrevista à televisão privada STV.

O responsável adiantou que a revisão do FMI deverá basear-se nos efeitos das cheias nos setores de telecomunicações e transportes, energético e de agricultura, este último com um peso de 25% no produto interno bruto do país e do qual depende cerca de 80% da população moçambicana.

Segundo o mais recente balanço das autoridades moçambicanas sobre a situação das cheias na província da Zambézia, a mais afetada, o transbordo do rio Licungo provocou 79 mortes e afetou 124 mil pessoas, das quais 50 mil permanecem em 38 centros de acomodação.

Mais a norte, na província de Niassa, o balanço das autoridades dá conta de pelo menos nove óbitos e de cerca de 17 mil pessoas afetadas pelas enxurradas.

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