Um destes projetos ficará localizado na zona de Cerca, na província do Cuanza Norte, e envolverá um investimento de 285 milhões de dólares (261 milhões de euros), prevendo a criação de 600 postos de trabalho diretos.

A primeira fase deste projeto, envolvendo a prospeção, arranca dentro de três meses, apontando-se o início da produção de ferro entre 2016 e 2017, informou entretanto o ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz.

No outro extremo do país, no sul, vai arrancar no Cutato, na província do Cuando Cubango, um outro projeto do género, avaliado em 198 milhões de dólares (181 milhões de euros) e que prevê a criação de 3.500 empregos.

Embora sem adiantar a origem do investimento, Francisco Queiroz garantiu tratar-se de um projeto integrado, que envolverá "toda a cadeia de valor" na produção de ferro.

Estes dois investimentos, em conformidade com o novo Código Mineiro angolano, foram aprovados na segunda sessão ordinária conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, orientada na sexta-feira pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Em setembro de 2014, em entrevista à agência Lusa, em Luanda, o ministro Francisco Queiroz traçou o objetivo do Governo angolano de colocar o país na rota dos maiores investimentos, internacionais, no setor mineiro, nos próximos dez a vinte anos, tirando partido dos "instrumentos técnicos" que estão a ser preparados, do quadro regulador, através do novo Código Mineiro, e do "ambiente do país".

"Todo este clima que se vive em Angola constitui um grande acréscimo ao nosso potencial mineiro. A conjugação destes fatores faz-nos acreditar que neste horizonte, dez, quinze ou vinte anos, Angola se possa posicionar entre os grandes países de investimento mineiro", apontou na ocasião o ministro.

Sobre a capacidade mineira do país, o ministro da Tutela sublinha que Angola é um potencial produtor de 38 dos 50 minerais mais procurados no mundo.

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