Impresa garante continuar “a trabalhar para reduzir” a dívida

O grupo dono da SIC reportou lucros de 85 mil euros no primeiro semestre, uma quebra de 93% face aos resultados de igual período do ano passado.

Depois de ter desistido da emissão obrigacionista que lançou no início de junho por falta de procura, através da qual pretendia garantir até 35 milhões de euros, a Impresa garante agora que vai continuar a trabalhar para reduzir a dívida, que ultrapassa os 189 milhões de euros. A dívida está a cair, mas os lucros também.

“Prosseguimos a nossa trajetória descendente dos últimos anos na redução da dívida, que desceu, em termos homólogos, 7,5 milhões de euros, para o valor mais baixo em oito anos. Continuaremos, como sempre, a trabalhar no sentido de a reduzir”, refere Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, em comunicado enviado às redações.

No final de junho, o grupo dono da SIC conseguiu reduzir a dívida em 7,5 milhões de euros, para 189,1 milhões de euros. A Impresa procurava obter um financiamento de até 35 milhões de euros, para aumentar a maturidade média da sua dívida e financiar a expansão do edifício do grupo. Contudo, houve pouca procura por parte dos investidores e a empresa acabou por cancelar a emissão.

Por outro lado, segundo os resultados comunicados esta tarde à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os lucros do primeiro semestre do ano afundaram para 85,6 mil euros, depois dos 1,2 milhões que tinha registado no primeiro semestre do ano passado.

Contabilizando apenas o segundo trimestre, a Impresa obteve lucros de 2,8 milhões de euros (uma quebra homóloga de 22,5%). Contudo, no primeiro trimestre deste ano, as quebras nas receitas tinham levado a Impresa a um prejuízo de 2,4 milhões de euros, pelo que o lucro semestral é reduzido.

As receitas voltaram a cair no primeiro semestre deste ano — menos 5,1% para pouco mais de 99 milhões de euros — e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também derrapou 27,5%, para 6,1 milhões de euros. Já os custos operacionais recuaram 3,1%, para 93 milhões de euros, “apesar do registo de custos por via da reestruturação”.

Ainda assim, Francisco Pedro Balsemão destaca que “há indicadores operacionais positivos” nas contas da empresa. “Este trimestre já colhemos frutos da implementação do nosso plano estratégico: aumentámos as receitas publicitárias e as de circulação”, refere o CEO da Impresa.

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