"Os chefes de Estado vão fazer uma avaliação da situação do país desde a última cimeira", em 31 de maio, anunciou na sexta-feira o secretariado da EAC.

A EAC apelou, num gesto quase unanime no seio da comunidade internacional, para o adiamento das eleições gerais no Burundi, devido ao ambiente de violência pouco propício para um escrutínio credível.

Em 29 de junho realizaram-se eleições legislativas e municipais no Burundi, estando convocadas para o próximo dia 15 as eleições presidenciais, com o contestado Presidente burundiano, Pierre Nkurunziza, a tentar forçar a obtenção de um terceiro mandato. O atual mandato presidencial termina em 26 de agosto.

Os opositores de Nkurunziza consideram a sua candidatura anticonstitucional e contrária ao acordo de Arusha que abriu caminho para o fim da longa guerra civil no Burundi (1993-2006).

As legislativas e municipais foram marcadas pela violência e boicotadas pela oposição e foram também amplamente criticadas, com a missão de observação eleitoral da ONU a considerar que "o ambiente geral não foi propício a umas eleições livres, credíveis e inclusivas".

Pelo menos 70 pessoas foram mortas -- sobretudo no quadro da repressão de manifestações -- e mais de 140 mil fugiram para países vizinhos desde o início da grave crise política desencadeada pelo anúncio da candidatura de Pierre Nkurunziza em abril.

DM (MDR) // JMR

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