Segundo Filipe Meirinho, diretor da ENMC para a área petrolífera, houve um ganho de 168 milhões de euros em cerca de sete meses desde a entrada em vigor da lei que obriga à comercialização de combustíveis simples em todos os postos de abastecimento, acima das previsões do Governo que antecipava uma poupança anual de cerca de 200 milhões de euros.

O responsável do organismo que tem a responsabilidade de aplicar e fiscalizar a legislação avançou que hoje a diferença de preço por litro de combustível simples e aditivado é em média de três cêntimos, tendo também havido uma descida do preço dos combustíveis aditivados.

A ENMC promove a conferência "Mercado de Combustíveis em Portugal", a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian.

Conforme a Lusa já tinha adiantado, a diferença de preço entre o combustível mais básico e o aditivado (?premium') baixou em média de sete para três cêntimos.

O presidente da ENMC, Paulo Carmona, realçou então que "o consumidor tem saído bastante beneficiado com esta agressividade comercial e o aumento de oferta".

O combustível simples, que desde 17 de abril é obrigatoriamente vendido em todos os postos de abastecimento, é aquele que sai diretamente da refinaria para o consumidor, sem qualquer aditivação.

O Governo apresentou como primeiro objetivo do diploma, aprovado por unanimidade no parlamento no final de 2014, alcançar uma poupança para os consumidores, que, nos níveis de consumo atuais e segundo as contas do executivo, se traduziria em 200 milhões de euros por ano.

JNM // ATR

Lusa/Fim