"Nós largámos de uma posição que normalmente nem é muito boa, porque foi do lado da Afurada, e como o vento geralmente vem do norte, muitas vezes o que acontece é que somos levados para a margem de Gaia", disse à Lusa Luís Martins, comandante da tripulação vencedora, minutos depois do fim da competição, que partiu das margens do Cabedelo até à ponte D. Luís I.

A posição de partida revelou-se vantajosa, assim que a embarcação pareceu aproveitar a boleia de um vento que escapou às restantes, mantendo-se na dianteira até à linha de chegada, para uma vitória resultante de "uma belíssima largada", segundo o timoneiro.

A primeira posição na tradicional regata teve ainda "um sabor especial", para Luís Martins, por coincidir com o ano em que a Cockburn's cumpre dois séculos de existência e que deu azo a uma celebração que dependeu de "pôr a vela na melhor posição", de forma a controlar as mudanças na direção e colocar o vento em popa.

Para o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Manuel Cabral, o importante foi mesmo "ver o setor do vinho do Porto a mobilizar as cidades do Porto e Gaia, assim como os muitos turistas que visitam as cidades".

"O vento, enfim, uns anos há mais, outros há menos. Há mais competição, diz-se que isto é a brincar, mas há aqui muita emoção entre as várias tripulações e as várias empresas, porque, obviamente, cada uma delas quer ganhar", considerou o presidente do IVDP.

Para Manuel Cabral, a equidistância entre a maior parte das embarcações, rasgada apenas pela vela da da Cockburn's, "também é muito importante, porque em termos gráficos, em termos plásticos da imagem da regata", permite ver "as marcas representadas todas em linha".

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