As fortes chuvas causaram o transbordo do rio Cavaco, resultando na inundação e destruição de várias residências, escolas, viaturas e quedas de árvores.

Em conferência de imprensa, o administrador municipal de Benguela, Leopoldo Muhongo, disse que as mortes registadas se reportam a pessoas que nas primeiras horas das chuvas tentaram fazer a travessia do rio, tendo sido arrastadas pela força das correntezas.

"E existe um número ainda impossível de calcular e avançar dados mais efetivos de casas que poderão ter sido arrastadas pela força das águas, um pouco por todo o município de Benguela", referiu Leopoldo Muhongo.

O responsável referiu que o caudal do rio continua ligeiramente alto, estando as equipas de trabalho a aguardar a sua diminuição para a contabilização dos danos causados pelas chuvas.

Entretanto, a agência noticiosa angolana, Angop, divulgou que várias famílias abandonaram as suas residências devido às inundações e se encontram refugiadas num largo da cidade de Benguela, que se tornou numa espécie de "abrigo público".

O despacho noticioso dá conta ainda do desaparecimento de pessoas, segundo o relato de familiares.

O rio Cavaco atravessa a cidade de Benguela, litoral sul de Angola, tendo já acontecido em 1979, 1983 e 2002 grandes enchentes, com várias vítimas e danos materiais.

Também em Benguela, no município do Lobito, fortes enxurradas que caíram sobre aquela região há 15 dias causaram 71 mortos, milhares de desalojados e várias destruições.

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