A iniciativa foi decidida pelo Conselho Nacional da Intersindical e anunciada pelo secretário-geral da central, Arménio Carlos, em conferência de imprensa.

"Vamos começar o ano em luta porque o Governo está a lutar contra o tempo e produzir o máximo de legislação para prejudicar os trabalhadores e privatizar empresas estratégicas para o país e para os portugueses", disse.

Arménio Carlos afirmou ainda que a Inter vai reivindicar junto de todos os partidos a alteração do Código do Trabalho, para repôr direitos dos trabalhadores, o aumento dos salários e pensões e, em particular, do Salário mínimo.

"Consideramos que este é o momento certo para lutar e para reafirmar as nossas reivindicações, antes do período eleitoral, e vamos exigir a todos os partidos resposta às nossas reivindicações", disse.

Para Arménio Carlos "não há condições para se exigir mais sacrifícios aos trabalhadores, nem há razões para que em Portugal os salários não sejam aumentados".

"Por isso, este primeiro semestre do ano vai ser muito ativo em termos de luta e o 25 de Abril e o 1º de Maio serão o ponto alto em termos reivindicativos", disse o sindicalista aos jornalistas.

O líder da Inter lembrou várias ações de luta setoriais que estão marcadas para fevereiro e março, nomeadamente greves nos transportes e na função pública.

Arménio Carlos acusou o Governo de continuar a perseguir os trabalhadores, em particular os da administração pública, e defendeu que "Portugal precisa de uma rotura com as políticas de direita".

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