"As projeções do crescimento indicam que as economias da América do Sul, especializadas na produção de bens primários, em especial, petróleo e minerais, e com um crescente grau de integração comercial com a China, vão registar a maior desaceleração", indica um comunicado da CEPAL.

"Entre os principais fatores, por detrás da baixa do crescimento, estão a debilidade da procura interna, um contexto global caraterizado pelo baixo crescimento do mundo desenvolvido, uma importante desaceleração das economias emergentes, em particular a China, o fortalecimento do dólar, uma crescente volatilidade nos mercados financeiros, e uma importante queda dos preços dos bens primárias", refere a CEPAL na sua página web.

Os dados da CEPAL dão conta que a Bolívia será o país da América do Sul com maior crescimento (4,4%), seguido pelo Paraguai (3,3%), Colômbia (2,9%), Peru (2,7%), Uruguai (2,4%), Chile (2,1%), Argentina (1,6%) e o Equador (0,4%).

Os países da América Central e das Caraíbas com "economias mais vinculadas com os Estados Unidos" vão conseguir manter os níveis de crescimento, liderados pelo Panamá (5,8%) e a República Dominicana (5,6%), seguidos pela Nicarágua (4,3%), Guatemala (3,8%), Honduras (3,4%) e El Salvador e México (ambos com 2,2%).

As previsões apontam para um crescimento de 4% da economia de Cuba, 4,5% da Guiana, 4,4% de San Cristóvão e Neves e 3,0% do Suriname.

"Dinamizar os investimentos constitui uma tarefa fundamental para mudar a atual fase de desaceleração e para atingir uma senda de crescimento sustentável a longo prazo", refere a organização.

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