Numa declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, no final de uma reunião de mais de duas horas e meia entre o Governo e as confederações patronais, Mário Centeno explicou que este encontro foi "muito útil" porque "permitiu esclarecer algumas questões pontuais sobre o Orçamento do Estado, em particular algumas questões de índole fiscal".

"Saliento nessa matéria a questão do aumento do ISP que não vai ter uma repercussão naquilo que são contas das empresas porque o Governo tem um pedido de autorização legislativa [no Orçamento do Estado para 2016] que permitirá neutralizar esse impacto através da majoração do reflexo nas contas dessas empresas, em termos do abatimento deste custo adicional decorrente do aumento do ISP", afirmou o ministro das Finanças.

Centeno explicou que este benefício fiscal permite assim, "com essa neutralização, que este aumento do ISP não se reflita na economia, não tenha um efeito de arrastamento para a economia, porque ele é completamente absorvido por esta majoração no abatimento dos custos das empresas".

A reunião entre o primeiro-ministro, António Costa, o ministro das Finanças, Mário Centeno e o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, com as confederações patronais terminou sem que os presidentes da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), da Confederação do Turismo Português (CTP) tivessem prestado qualquer declaração aos jornalistas.

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Lusa/fim