Esta área "tem um enorme poder de intervenção na reconstituição da vida de muitas pessoas, que, se não fosse esta forma de economia [social], estariam completamente fora de qualquer hipótese de vida com dignidade", disse.

Maria de Belém falava aos jornalistas no final de uma visita ao Centro Social de Nossa Senhora da Paz, da Cáritas Diocesana de Setúbal, em que se fez acompanhar pelo reitor do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Luís Reto, autor de um estudo sobre a importância económica da economia social.

"Aquilo que vim aqui visitar foi um estabelecimento muito importante da Cáritas Diocesana de Setúbal, Centro Social de Nossa senhora da Paz, que está inserido num bairro social [Bela Vista], com problemas muito específicos e muito próprios", disse a candidata presidencial.

"E aquilo que nós vemos é uma capacidade grande de intervenção social em várias áreas, desde o acolhimento de crianças, até ao acolhimento de pessoas mais velhas, quer em centro de dia, quer em apoio domiciliário e, também, um protocolo com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional), que permite dar competências a muitas das pessoas que aqui moram e que não têm, sequer, as competências básicas mínimas", acrescentou.

Questionada pelos jornalistas, Maria de Belém reafirmou a intenção de dar a conhecer a realidade portuguesa a chefes de Estado estrangeiros e a outras personalidades, com visitas a universidades, lares de idosos e outros equipamentos, deixando claro que, se for eleita para a Presidência da República, não se irá cingir aos jantares protocolares em Palácios e outros espaços tradicionais.

"Temos de mostrar o nosso país como ele é, sejam as nossas universidades, que são extraordinárias hoje em dia e que têm atividades no domínio da investigação, que devem ser conhecidas. É o país desenvolvido que nós queremos mostrar", defendeu.

Segundo Maria de Belém Roseira, também devem ser mostradas as "redes de acolhimento".

"Como é que nós trabalhamos e como é que nós pretendemos que as pessoas tenham oportunidades na vida, para que não sejam as primeiras vítimas da crise económica e financeira. Como dizia o relatório da Cáritas Europa do ano passado, os pobres são as vítimas de uma crise que não causaram", concluiu.

GR // JLG

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