Em declarações aos jornalistas durante a apresentação de um plano de comunicação para a TDT, o presidente da Agência Nacional de Comunicações (ANAC), David Gomes, disse que as campanhas vão passar nos diversos meios, desde rádios, televisões, cartazes, 'flyers', Internet e contacto direto e telefónico com os cabo-verdianos.

Segundo David Gomes, o objetivo é levar uma mensagem ao consumidor final, sobre as vantagens, constrangimentos, obstáculos, até ao acompanhamento das emissões.

"O plano comunicacional é fundamental. Explicar o cidadão de Santo Antão à Brava como desligar o seu equipamento analógico, voltar a ligar e receber o digital e passar a receber só o digital", explicou o presidente da ANAC, que não precisa a data para a primeira emissão digital em Cabo Verde.

O "apagão" analógico acontecerá a 17 de junho de 2015, conforme determinou a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Em conferência de imprensa hoje para dar conta das decisões saídas do Conselho de Ministros, o ministro Démis Lobo Almeida avançou que o processo para por em prática a TDT está em "bom ritmo" e todo o pacote legislativo está a ser ultimado.

Num primeiro momento, Cabo Verde terá um "período de convívio" entre o sistema analógico e o digital, mas o país poderá pedir a prorrogação do prazo para a entrada em funcionamento da TDT.

Relativamente às pessoas que não têm condições para adquirir os equipamentos para a TV digital, David Gomes disse que o Orçamento do Estado (OE) para este ano concederá benefícios fiscais na aquisição dos materiais, incluindo a televisão.

David Gomes disse que o maior receio da ANAC não tem a ver com os equipamentos, mas sim com a qualidade da instalação que os cidadãos têm em sua casa, nomeadamente as antenas, que poderá ser mais sensível no digital.

A TDT vai ainda acabar com as "zonas sombra" de acesso ao sinal da televisão e da rádio no arquipélago, em ilhas montanhosas como Santo Antão, Fogo ou no interior da ilha de Santiago.

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