"As buscas decorreram no apartamento do copiloto em Dusseldorf e numa habitação em Montabaur", onde o suspeito, de 28 anos, vivia parte do tempo com os seus pais, afirmou, em declarações à agência francesa AFP, o procurador Ralf Herrenbruck.

Em Montabaur, uma cidade de 12.500 habitantes no oeste da Alemanha, um cordão policial protegia hoje a casa da família de Andreas Lubitz. Homens vestidos à civil, munidos de luvas azuis, saíram da habitação com malas de mão, sacos e caixas de cartão, segundo o testemunho de um jornalista da AFP presente no local.

Outros agentes policiais interrogaram vários habitantes do bairro, para onde convergiram muitos meios de comunicação social.

O Ministério Público de Dusseldorf abriu um inquérito paralelo às investigações iniciadas pelas autoridades francesas, uma vez que muitas das vítimas do acidente são oriundas desta região alemã.

Num comunicado, o Ministério Público justificou as buscas "em Dusseldorf e em outros locais" para tentar encontrar "elementos pessoais suscetíveis de esclarecer os factos".

A agência noticiosa alemã DPA indicou ainda que os investigadores deslocaram-se às casas das vítimas do acidente que residiam nesta região, de forma a reunir elementos que possam contribuir para a identificação dos corpos.

A justiça francesa suspeita que Andreas Lubitz provocou deliberadamente a queda do Airbus A-320 da Germanwings, a filial de baixo custo da companhia alemã Lufthansa.

O copiloto iniciou deliberadamente a descida e recusou abrir a porta do 'cockpit' ao piloto, revelaram hoje os investigadores franceses, após a análise da gravação dos sons da única caixa negra recuperada.

O avião acabou por se despenhar perto de Barcelonnette, cerca de 100 quilómetros a norte de Nice, no sul de França, matando todas as 150 pessoas a bordo.

O voo 4U 9525 fazia a ligação entre Barcelona e Dusseldorf.

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