Na reunião de hoje foi aprovada, por unanimidade, uma moção apresentada pelo deputado municipal Carlos Vieira e Castro, do Bloco de Esquerda, na qual se faz esta reivindicação.

A requalificação do IP3, sem portagens, deverá acontecer "independentemente de qualquer projeto, para um futuro mais ou menos próximo, de construção e concessão, pelo Estado ou por privados, de uma autoestrada para sul".

Na moção, a Assembleia Municipal de Viseu manifesta ainda "a sua discordância com o plano publicitado pela Estradas de Portugal no sentido de portajar os troços do IP3 à medida que sejam requalificados, o que equivaleria a deixar Viseu como uma ilha rodeada de portagens por todos os lados".

Carlos Vieira e Castro referiu que o IP3, "diariamente, é atravessado por mais de 13 mil veículos, sendo que cerca de 15% do tráfego é de viaturas pesadas", lembrando o seu "traçado muito perigoso" e as "inúmeras vítimas" registadas em acidentes de trânsito.

"O IP3 está a ter intervenções por parte da Estradas de Portugal, o que implica diversas limitações no tráfego e incómodos nas populações, mas não são suficientes para conferirem níveis aceitáveis de segurança, comodidade e funcionalidade a esta importante via que une os territórios dos sete municípios em que se insere", considerou.

O deputado do CDS/PP Carlos Cunha votou favoravelmente por defender "a requalificação do IP3 e, se houver condições, que se construa a autoestrada".

No seu entender, a construção de uma autoestrada portajada não deve inviabilizar a requalificação do IP3, que deveria começar "pelas zonas de maior sinistralidade".

"Não podemos estar mais de acordo. Há muito tempo que defendemos que temos de ter uma ligação segura e confortável até Coimbra, mas sem portagens", considerou Filomena Pires, da CDU.

Rafael Amaro, do PS, disse que, apesar de há pouco mais de um ano já ter sido aprovada uma moção idêntica, "não prejudica, muito pelo contrário", reforçar a posição da Assembleia Municipal.

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