A informação consta do comunicado final da reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, realizada hoje sob orientação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em Luanda.
De acordo com o documento, enviado à agência Lusa, durante a reunião foi analisado o memorando sobre a implementação do Sistema Nacional de Vigilância Marítima e Segurança da Zona Económica Exclusiva do país.
A informação refere tratar-se de um plano "que se inscreve no âmbito do Projeto Proatlântico", que "visa elevar as capacidades técnicas e humanas" da Marinha de Guerra Angolana.
O Governo angolano está a desenvolver a proposta de alargamento da plataforma continental, mas não adianta mais pormenores sobre o novo sistema de vigilância marítima.
A Lusa noticiou em setembro passado que o Executivo encomendou ao Brasil a construção de sete navios-patrulha com 55,6 metros de comprimento, no âmbito de um Memorando de Entendimento Técnico rubricado entre os dois governos, nessa altura.
Em causa está a implementação do Programa de Desenvolvimento do Poder Naval Angolano (Pronaval), que contará com o apoio da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) da Força Naval Brasileira.
Os sete navios-patrulhas, terão uma capacidade de deslocação de 500 toneladas e velocidade de 21 nós.
De acordo com o entendimento entre os dois executivos, quatro dos navios serão construídos no Brasil (Rio de Janeiro) e os três restantes num estaleiro angolano a instalar na província do Cuanza Sul, 200 quilómetros a sul de Luanda.
Não foram revelados montantes envolvidos no negócio, até porque a configuração técnica de cada navio, para patrulhamento da costa, ainda será definida durante a fase de negociação dos contratos de construção e fornecimento de serviços.
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