Em declarações à Lusa, após já ter sido notificada da decisão do Ministério Público de arquivar o processo em torno da aquisição de submarinos em 2004, Ana Gomes disse que, após uma primeira leitura das mais de 300 páginas de despacho dos procuradores, que a levará "certamente a reagir na Justiça", pois, "naturalmente", vai interpor recurso, tem de fazer uma segunda correção ao que antes dissera.

"Quando eu fui declarar perante a comissão de inquérito parlamentar, eu não tive problemas em admitir um erro, e apresentei mesmo desculpas, por ter dito, nas queixas que fiz à Comissão Europeia, que a ESCOM [antiga empresa do Grupo Espírito Santo] tinha sido contratada pelo Ministério da Defesa. Mas agora tenho de fazer uma outra correção: é que, de facto, não foi a ESCOM que foi contratada pelo Ministério da Defesa, foi o Ministério da Defesa e o [então] ministro da Defesa [Paulo Portas] que foram contratados pela ESCOM, porque estiveram ao serviço da ESCOM e do BES", declarou.